sábado, 19 de março de 2011

REDE INTERNACIONAL DISCUTE NA BAHIA CAMINHOS PARA A PROJEÇÃO MUNDIAL DO PROTAGONISMO DA MULHER BRASILEIRA

A WIN, REDE INTERNACIONAL DA MULHER, COMEMORA, EM SALVADOR, 0S 100 ANOS DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER


Associações, empresas e autoridades se reúnem para discutir
o papel da mulher brasileira no contexto mundial

A organização americana The W.I.N. (The Women International Networking (A Rede Internacional de Mulheres), www.InternationalWomensDay.org/176countries) dá início a suas atividades no Brasil no dia 23 de março com a realização do evento: Comemoração do Centenário do Dia Internacional da Mulher, no auditório do CDL, Rua Carlos Gomes, a partir das 18 hs, em Salvador, Bahia.

Liderado, no Brasil, pela diretora Lygya Maya; especialista em treinamento humano, ela informa que diversos eventos como este, a ser realizado na Bahia, estão sendo promovidos em outros países,.com o objetivo de contribuir para o fortalecimento da estrutura social e emocional das mulheres no mundo todo. “Este é o maior evento na história da humanidade realizado por mulheres, para mulheres.” diz a diretora da WIN, no Brasil.

Mulher brasileira no mundo

Com o tema “A mulher brasileira no mundo” a proposta, conforme a WIN, é caminhar para a consciência global. " Focando em nós como um todo, acreditamos que, unidas e apoiando uma as outras, a força positiva feminina se fortalecerá e ajudará o equilíbrio do planeta, assim como da humanidade”, reforça a diretora Brasil. Durante o evento debates sobre temas ousados e cotidiano :“Como a mulher brasileira pode se posicionar no mercado internacional? Como alcançar nossos sonhos de uma maneira simples, que funcione? Como descobrir novas opções que estão ao alcance de nossas mãos e nunca aprendemos a usar?Alguém sabe dizer quem foi que disse que “mulher é o sexo frágil? Será que foi um homem ou uma mulher? No Brasil ainda existe um número vergonhoso de mulheres sendo abusadas, desrespeitadas, e subjugadas. Porque? Qual seria a raiz do problema?

Presidida por Paula Fellingham, a organização The W.I.N. (Rede Internacional de Mulheres) foi criada nos Estados Unidos com centenas de especialistas em várias profissões em todo o mundo com objetivo de promover as ações e direitos das mulheres em todos os países através de conferências, artigos, reuniões on-line e seminário. Considerada a pioneira em rede social de mulheres no mundo ao criar uma comunidade global que apoia mulheres em suas vidas pessoais e em seus negócios, a equipe de The W.I.N. está se multiplicando em muitos países e chega ao Brasil em 2011.

A diretora brasileira da WIN, Lygya Maya, é autora de livros e artigos sobre comportamento humano, palestrante e motivadora internacional. Única brasileira coach (treinadora) no mundo que combinando técnicas de coach americano, com poderes intuitivos para o sucesso do desenvolvimento humano. Foi palestrante da empresa de Anthony Robbins nos EUA, onde viveu por 29 anos e agora volta ao Brasil. Mencionada nos jornais The New York Times, revista Vanity Fair, TV Fox News, CBS, NBC e PBS e é autora do livro virtual Ame as Emoções que Você Odeia. www.lygyamaya.com.br

Lideranças políticas e empresariais

Para o evento da Bahia, em Salvador, foram convidadas para fazer parte da banca de debate Maria Luiza Bairros, ministra da Secretaria de Igualdade Racial; Alice Portugal, deputada federal, Fátima Mendonça, primeira dama do estado da Bahia e presidente das Voluntárias Sociais da Bahia; Rita Santos, presidente da Associação das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares do Estado da Bahia (Abam); Fabíola Mansur, vice-presidente do Instituto Sócrates Guanaes; Beatriz Lima, coordenadora geral do Escritório de Referência do Centro Antigo de Salvador; e Rosemma Maluf, diretora da Associação Comercial da Bahia. Receberão certificados de contribuição para diversas áreas da sociedade a primeira dama do Estado da Bahia e Presidente das Voluntárias Sociais da Bahia, Fátima Mendonça; a diretora do grupo Filhas de Ghandi por 25 anos, Gliceria Vasconcelos, entre outras expoentes da sociedade baiana. A cantora Carla Visi fará um apresentação para os presentes.

Patrocinam o evento na Bahia, de forma inédita, criativa e sustentável, para Comemoração do Centenário do Dia Internacional da Mulher, instituições, empresas e profissionais como: Fórum Municipal para o Desenvolvimento Sustentável do Centro da Cidade; Associação dos Empresários da Cidade Alta de Salvador; Câmara de Dirigentes Lojistas de Salvador (CDL); BASEFORTE; Instituto Bom Aluno da Bahia (IBABA); AG Perfumes; Fotografia e Interior Designer Isabela Jambeiro; Assessoria e Consultoria em RSA Jornalista Liliana Peixinho, Restaurante Viva o Grão!; Mercado Natural Grão de Arroz; Brade Comunicação; Turcoop., RAMA - Rede de Articulação e Mobilização Ambiental, Movimento AMA – Amigos do Meio Ambiente,
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SERVIÇO

Comemoração do centenário do Dia Internacional da Mulher – evento gratuito

Data: 23 de março de 2011
Horário: das 18 horas às 20 horas
Local: Rua Carlos Gomes, 1063 Edf CDL 7 andar, Dois de Julho - Salvador – BA
Público-alvo: mulheres de todas as idades
Reservas e informações: lygyam@hotmail.com

terça-feira, 8 de março de 2011

PROTAGONISMO FEMININO E RETROCESSOS SOCIAIS

Por : Liliana Peixinho *


A força interna da mulher canaliza energias que passam pelo cérebro, na razão do cuidado; vai para os músculos, na emergência em fazer tarefas, enfrentar desafios e persiste, insiste, diante do incansável, perene e obstinado desejo de cuidar, proteger, superar-se, a cada nosso desafio. Performances que às vezes, no drible ao tempo, deixam marcas, cicatrizes expostas, dores, sofrimento, perdas irrecuperáveis. Entre a satisfação dessas superações e a dor do não compartilhamento de tarefas amenas, como o amor e cuidado com a educação, orientação dos pais, aos filhos no lar ou fora dele, fica a incerteza do futuro que estamos a desenhar para as novas gerações. Estamos, a cada novo dia, aumentando o percentual de mulheres que, sozinhas, são responsáveis pelo provimento das despesas da casa. No Norte e Nordeste do Brasil isso é mais agravante porque o número de filhos é maior e as oportunidades de trabalho bem menores que em outras regiões .

A luta da mulher pela conquista de espaço, reconhecimento, direitos e inserção social acompanha o próprio desenvolvimento humano. Muito se conquistou, com certeza, com sangue, suor e lágrimas. O papel multifacetado da mulher é reconhecido pela mídia, movimentos sociais, coletivos profissionais, pela própria instituição familiar que estão a destacar a luta da mulher como pessoa, ser humano, mãe, trabalhadora, tia, avó, amante, esposa, amiga, confidente, e os mais diversos e infinitos papéis que ela sempre esteve, está e estará fadada a desempenhar na construção de novas civilizações. Socializar essa discussão com ações cotidianas, focar desafios e mudanças para uma Economia circular, cidadã, sustentável é uma nova pauta na velha luta pela preservação da Vida.

Se as conquistas femininas por um lado nos enobrece, aumenta a nossa auto-estima, nos honra e nos orgulha. paradoxalmente estar a nos entristecer, fazer pensar, repensar, ponderar, porque essas conquistas deveriam nos fazer mais felizes, menos estressadas, mais harmoniosas e menos exploradas. E isso não está acontecendo proporcionalmente às nossas conquistas históricas. Ainda somos minoria no parlamento, ainda ganhamos muito menos que os homens, fazendo as mesmas funções, temos jornadas múltiplas, com acúmulo de tarefas, ainda não nos reconhecemos para nos elegermos para defender o nosso próprio protagonismo na luta por direitos. E isso é um contrasenso indignante.

É inegável o reconhecimento da participação feminina nos mais diversos ambientes de produção. A mulher se destaca como produtora do conhecimento, difusora de informações, gestora de conflitos, executora de ações verdadeiramente sustentáveis dentro das Cadeias Produtivas, de ponta a ponta, seja no lar, no trabalho, na escola, na família, na comunidade, na política, na economia. Enfim, o olhar, o fazer, o cuidado feminino, é instrumento revolucionário para a construção do novo paradigma do equilíbrio entre as necessidades de consumo e a preservação de matrizes energéticas limpas.

Guerreiras do Brasil e mundo afora que estão na luta pela conquista de novos degraus, no mais alto grau da representação política de um país, Marina, Dilma, Ana, Tereza, são oportunidades que nós, mulheres e/ou homens com sensibilidade feminina, temos agora, para reconhecermos, de fato, esse protagonismo feminino histórico. É importante nos apoderarmos de informações claras e diversas para analisarmos causas do desperdício de direitos, valores e projetos da sociedade, saber contextualizar a crise estrutural do capitalismo, desenhar e perseguir uma nova visão integrada, holístíca, multifacetada, atenta a necessidades de cumprimento de todas as etapas para a formação de cadeias produtivas alinhadas às novas mudanças de um planeta sedento de cuidados para garantirmos a Vida.

Planejamento, atitude, luta, aplicação de políticas para o desenvolvimento humano sustentável, com eqüidade, justiça social e equilíbrio ambiental, são fases importantes para qualquer ação no presente e garantia do futuro. Precisamos colocar em prática atitudes de mudança no consumo em nome da preservação da vida. Visito faculdades, empresas e instituições que têm projetos ditos “sustentáveis”, mas que não passam das idéias. O desafio é a garantia da vida com qualidade, prazer, alegria, desejo de querer fazer não porque alguém
nos manda, ordena, impõe, mas porque sabemos ser necessário, importante no papel de cada um, em casa, no trabalho, na escola, no lazer.
Oportunidades que estão diretamente linkadas com a necessidade de mudança de comportamento para uma agenda doméstica sustentável, com novas atitudes sobre Consumo Consciente, Comércio Justo, Produto Limpo, Desperdício Zero, Cultura dos RRRRRR – Repensar, Racionalizar, Reduzir, Reaproveitar, Recriar, Reinventar, Reciclar, Revolucionar, através da participação social proativa, voltada para uma Economia Circular, sem desperdícios, com aproveitamento integral, total, de tudo, com resíduos na perspectiva do zero.

Mais do que entender os efeitos negativos provocados pelo Aquecimento Global e as grandes catástrofes verificadas nos últimos anos, está faltando ao Ser Humano entender, interiorizar, absorver, no coração, alma e cérebro, que a felicidade em Ser pode estar na busca do encontro com o outro. E para caminhar nessa direção precisamos enfrentar, ainda mais, novos obstáculos, abrir mão de comportamentos egoístas, imediatistas, superficiais e meramente repetitivos, convencionais, para transgredir, subverter e quebrar regras milenares em nome da dinâmica natural das leis do Universo, com renovação, invenção, criatividade, compromisso e prazer em fazer.

Liliana Peixinho - Jornalista, ativista socioambiental. Fundadora dos Movimentos Livres AMA/ RAMA – Amigos do Meio Ambiente e Rede de Articulação e Mobilização Ambiental Pós graduada em Mídia e Meio Ambiente. www.amigodomeioambiente.com.br lilianapeixinho@gmail.com 71 – 9938--0159